Ondas Cerebrais, Sincronização Hemisférica e a Tecnologia do Sono
Nas últimas décadas, os pesquisadores do sono e do sonho produziram
uma quantidade substancial de conhecimento devido, sobretudo ao desenvolvimento
e aplicação de novas tecnologias.
Por exemplo, o eletroencefalógrafo, ou EEG, é capaz de monitorizar
mudanças nas frequências e padrões das nossas ondas cerebrais. O nosso cérebro
produz ondas de correntes que fluem através das ligações neurais. O tipo de
onda cerebral é definido pela frequência a que esta pulsa e este tipo
particular de pulsação influenciará o nosso estado mental respectivo.
Existem quatro tipos básicos de padrões de ondas cerebrais, mas devido
à complexidade do cérebro humano existem freqüentemente diversos padrões
interagindo simultaneamente. É a predominância de um padrão sobre os outros que
determina o nosso estado de consciência.
Abaixo apresentamos uma breve descrição de cada um dos quatro principais
padrões bem como o seu intervalo de freqüência e respectivo estado mental.

Ondas Beta: São as ondas mais rápidas, 13 a 38 Hz. Este é o padrão que
obtemos ao monitorizar o nosso cérebro durante o estado de vigília. Ou seja, se
neste momento efetuassemos um EEG este obteria um aspecto típico de um padrão de
ondas Beta.
Ondas Alfa: Mais lentas que as Beta, 7 a 13 Hz. Estão normalmente
associadas a um estado de maior tranqüilidade e relaxamento. Podem ser
encontradas durante os estados meditativos mais comuns.
Ondas Teta: 4 a 7 Hz. Estão associadas a um estado de grande
capacidade de reminiscência, criatividade, visualização, inspiração e
conceptualização holística. É o padrão cerebral representativo do sono REM, ou
seja, do sonho.
Ondas Delta: São as mais lentas dos 4 padrões principais, 1 a 4 Hz.
Estão associadas ao sono profundo, sem sonho, e ao transe profundo.
Sabendo as características mentais associadas a cada padrão de
ondas cerebrais, tal como foram acima referidas, teríamos uma enorme vantagem
em induzir um determinado padrão de ondas de forma a facilitar determinadas
atividades mentais. Felizmente existe uma forma para fazer isto e baseia-se no
princípio científico da Harmonização. Os sons binaurais (que explicarei mais
adiante) podem ser usados para harmonizar ou sincronizar ambos os hemisférios
cerebrais num só padrão sinérgico de ondas cerebrais.
O que é então o princípio da Harmonização? É muito simples. Por
exemplo, vamos supor que penduramos nas paredes da mesma sala vários relógios
de pêndulo e que cada pêndulo se move ao seu próprio passo, defasado de todos
os outros. Com a passagem do tempo os pêndulos tornar-se-ão progressivamente
sincronizados, adaptando-se naturalmente o ritmo de cada um até todos os
pêndulos se moverem em sintonia, em uníssono. Esta sincronização é o resultado
do princípio da harmonização, é um fenômeno físico que ocorre de forma
sistemática na natureza sempre que a oportunidade se proporcione.
Este processo é importante, pois também possuem implicações diretas no
nosso cérebro, este opera de modo semelhante a uma caixa de ressonância. As
ondas cerebrais pulsam a diferentes amplitudes e frequências, dependendo do
nosso grau de envolvimento em determinadas atividades. Tal como o pêndulo do
relógio, o nosso cérebro pode ficar sincronizado com determinados padrões de
ondas se for exposto aos estímulos apropriados. Este é também um processo usado
pelos xamãs em diversas tribos indígenas, que usam tambores e chocalhos para
harmonizar as suas ondas cerebrais com uma frequência particular e assim entrar
num estado de consciência alterado.
Juntamente com o papel desempenhado pelas ondas cerebrais no nosso
estado de consciência é também importante discutir a anatomia básica do nosso
cérebro e a forma como as suas partes interagem e funcionam. Os nossos cérebros
possuem dois hemisférios, esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo é linear,
lógico, prático e orientado no tempo. Por seu turno, o hemisfério direito prece
ser muito mais não linear, abstrato, criativo, holístico e não lógico. Por
exemplo, um contabilista usa provavelmente muito mais o seu hemisfério esquerdo
enquanto que um artista usa mais o direito. Tendemos a favorecer o uso de um
determinado hemisfério consoante a atividade em que estamos concentrados. Assim
como existe uma predominância de certas ondas cerebrais dependendo de
determinadas atividades também existe a predominância de um dos hemisférios consoante
o que estamos a fazer.
Os dois hemisférios estão ligados pelo corpo caloso. Esta estrutura
funciona como uma ponte ou conduta entre ambos os lados e pode literalmente ser
exercitada e fortalecida mentalmente até se tornar fisicamente maior e mais
capaz de transmitir informação entre os dois hemisférios. Sincronizando os dois
hemisférios e permitindo que estes trabalhem em conjunto podemos potencializar
as nossas capacidades mentais. Basicamente é como ter um computador mais
rápido, com os componentes melhor integrados e capaz de acessar mais rapidamente
à informação e processamento de dados. Fazendo isto estaríamos literalmente a
usar o nosso cérebro de um modo mais eficiente.
E como podemos então fazer isto? Vários estudos demonstraram que a
meditação pode conduzir a estados em que o padrão de ondas cerebrais reflete
uma sincronização entre os hemisférios cerebrais. Esta sincronização reflete um
estado especial em que ambos os hemisférios estão ativamente envolvidos nas
mesmas frequências. Os EEGs de meditadores experientes exibem uma sincronização
hemisférica acima do comum bem como a capacidade de atingir estes estados
deliberadamente. Ambos os hemisférios podem estar sincronizados em qualquer
padrão de ondas cerebrais tais como Alfa ou Teta, ou qualquer outra
combinação. Esta característica conduz-nos ao próximo tópico de interesse: os
sons ou batidas binaurais.
A melhor forma de explicar os sons binaurais é descrevendo por que e
como são feitos, mas primeiro será melhor abordar um pouco o seu criador.
Robert Monroe, o pioneiro das experiências fora-do-corpo, fundou o Instituto
Monroe na Virgínia, EUA. Esta é uma organização dedicada ao estudo da
consciência e seus estados modificados. Ao longo de anos de pesquisa
desenvolveram um processo capaz de alterar sistematicamente os padrões de ondas
cerebrais de forma a induzir estados de consciência particulares. Monitorizando
os sujeitos em estados alterados, Monroe e os seus colaboradores realizaram
experiências com o som para modificar o estado mental de uma forma previsível e
controlada. Com o tempo, esta equipe de pesquisadores desenvolveram o processo de
criar sons binaurais. Este processo utiliza o princípio da Harmonização acima
descrito para conduzir o cérebro a frequências de ondas cerebrais específicas e
pré-determinadas.
Criar frequências de sons binaurais é na verdade muito simples, é
quase mais fácil fazê-lo do que explicá-lo! Este processo consiste basicamente
em aplicar estímulos auditivos em ambos os ouvidos. A ideia é tocar um tom num
ouvido e outro tom, ligeiramente diferente, no outro ouvido. Ao processar estes
dois tons captados pelo ouvido direito e esquerdo, o cérebro assimila a
diferença entre os mesmos e, num efeito de harmonização, entra nesta
frequência. Ou seja, se o nosso ouvido esquerdo captar um som com uma
frequência de 97 Hz e o direito captar um som com uma frequência de 103 Hz, o
nosso cérebro irá perceber um diferencial de 6Hz e assim entrará nesta
frequência, que se enquadra no intervalo de ondas Teta. De igual forma o nosso
comportamento começará gradualmente a alterar-se, entrando num estado de
profundo relaxamento e sono.
Ao escutarmos estes sons binaurais podemos perceber um tom
ondulante (uma espécie de wha wha). O fantástico é que este tom ondulante não
está a ser transmitido pelos headphones, este efeito de vibração é na verdade
uma criação da nossa mente, ao sintetizar os dois sons. Quando escutamos um tom
num ouvido e outro tom, ligeiramente diferente, no outro ouvido, os hemisférios
do nosso cérebro ficam sincronizados e é esta sincronização que produz o tom
ondulante.
Demonstração de um padrão de som binaural
Usando esta tecnologia, o Instituto Monroe, e posteriormente outras
empresas, desenvolveram uma linha de cassetes e CDs Hemi-Sync (designação da
tecnologia de sons binaurais criada e patenteada pelo Instituto Monroe). Usando
estes CDs podemos atingir de modo viável determinado estado de consciência.
Existem CDs usando este princípio criados com diferentes propósitos, por
exemplo: potenciar a aprendizagem, deixar de fumar, facilitar o sono, promover
uma cura mais rápida, induzir sonhos lúcidos e facilitar a ocorrência de
experiências fora-do-corpo.
Concluindo, podemos verificar que, devido ao advento da ciência e ao
desenvolvimento da tecnologia, a cultura ocidental parece finalmente ter
encontrado as suas próprias formas (socialmente aceitas) de induzir estados de
consciência alterados entre os quais podemos encontrar o sonho, comum ou
lúcido. Assim, podemos usar esta tecnologia para nos ajudar a ter sonhos, a
potenciar a sua retenção e recordação e até para nos orientar durante os
mesmos. Isto é algo que os xamãs ou os monges do Tibete descobriram e fazem
desde há séculos usando métodos naturais, no primeiro caso através da ingestão
de psicodélicos naturais e no segundo através da meditação e Yoga dos sonhos.
Instruções Úteis para o uso correto:
1. Deverá ser ouvido com fones de ouvido com capacidade ESTÉREO (mais
aconselhado) ou por um bom sistema de som também ele configurado para
ESTEREOFONIA.
2. Não deverá ser escutado muito alto. O suficiente para que não
ocorram distrações vindas do exterior.
3. Deverá colocar-se numa posição confortável (de preferência olhos
fechados) e garantir que não será perturbado.
4. A audição de batidas binaurais pode induzir a estados de perda de
consciência o que pode ser perigoso a quando a condução de máquinas ou
automóveis, sendo assim recomenda-se precaução.
Fonte:
PULSOS BIAURICULARES (BATIDAS BINAURAIS)
A onda senoidal ou sinusoidal é uma função matemática que descreve uma oscilação repetitiva suave. Ocorre frequentemente em matemática pura e aplicada, bem como física, engenharia, processamento de sinais e muitos outros campos.
Batidas Binaurais podem influenciar as funções do cérebro de maneiras além daquelas relacionadas à audição. Este fenômeno é chamado de frequency follow response (frequência seguinte resposta). O conceito é de que se recebe um estímulo sonoro com uma frequência na gama de ondas cerebrais. A frequência das ondas cerebrais predominante se ajusta, mover-se para a frequência do estímulo sonoro emitido (este processo é chamado de arrastamento ou ondas de arrasto).
Além disso, batidas binaurais foram documentadas de forma credível para se relacionar com a percepção espacial e reconhecimento auditivo de som, e, de acordo com a seguinte resposta de freqüência, a ativação de vários locais do cérebro.
O estímulo não tem de ser audível, mas também pode ser visual ou uma combinação de auditivo e visual.
A audição humana percebida é limitada à gama de frequências de 20 Hz e 20.000 Hz, as frequências das ondas cerebrais humanas estão abaixo de 40 Hz. Para conseguirmos alcançar estas baixíssimas frequências (1 Hz a 20 Hz) são usadas as frequências de batida binaural, através do processo descrito acima de arrastamento ou ondas de arrasto.
Frequências de 1 Hz a 40 Hz são produzidas no cérebro com som binaural.
Por exemplo, se uma onda sinusoidal de 315 Hz é jogada na orelha direita e um 325 Hz uma na orelha esquerda, o cérebro é arrastado para a batida de frequências de 10 Hz, no intervalo Alfa. Desde que Alfa está associada com o relaxamento, isso tem um efeito relaxante ou, se na faixa Beta, mais alerta.
Um experimento com estímulo sonoro binaural usando frequências de batida na faixa Beta, em alguns participantes, e Delta / Teta de outros participantes, encontrou um melhor desempenho na vigilância e humor em pessoas em estado de alerta de estimulação Beta.
O estímulo da batida binaural tem sido usado extensivamente para induzir uma variedade de estados de consciência, e tem sido feito um trabalho sobre os efeitos desses estímulos em relaxamento, foco, atenção e estados de consciência.
Estudos têm demonstrado que, com a formação repetida de distinguir sons de frequência estreitas, uma reorganização de neuroplasticidade cerebral ocorre para as frequências treinadas e é capaz de equilibrar hemisférica assimétrica.
O tálamo (do grego θάλαμος “câmara interna”) é uma estrutura simétrica da linha média no cérebro dos vertebrados, incluindo os seres humanos, situado entre o córtex cerebral e do cérebro médio. Sua função inclui a retransmissão de sinais sensoriais e motores para o córtex cerebral, juntamente com o regulamento de consciência, sono e estado de alerta. O tálamo rodeia o terceiro ventrículo. É o principal produto do diencéfalo embrionário.
A Batida Binaural é um processo de arrastamento do cérebro cientificamente comprovado, que foi descoberto há 170 anos pelo cientista Heinrich Wilhelm Dove e lentamente começou a ganhar reconhecimento depois que um artigo chamado “Batidas Auditivas no Cérebro, pelo Dr. Gerald Oster” foi publicado na edição de outubro de 1973, da Scientific America.
Foi comprovado que a batida binaural é eficiente em vários casos como eliminar stress, dor de cabeça, enxaqueca e déficits de funcionamento cognitivos. Atualmente, é usada fora do mundo da ciência, para o que é chamado de Arrastamento de Ondas Cerebrais, que é comumente usado para influenciar o cérebro a produzir estados de relaxamento, meditação, alívio das dores, sono reparador ou dormir melhor, mas também é usado para diversos fins como crescer cabelos, perder peso, aumentar a libido, a potência sexual, a memória, a criatividade, a disposição, reduzir a ansiedade, curar doenças, atrair riqueza, sucesso, amor e etc.
O processo da batida binaural pode ser usado para estimular estados alterados de consciência, selecionando padrões de batida binaural para coincidir com uma das ondas cerebrais desejada. Depois de alguns minutos de escuta, o cérebro começa a corresponder a essa batida binaural, por causa de um processo chamado de frequency follow response. Na realidade, uma batida binaural não é ouvida como um verdadeiro som no ambiente de fone de ouvido, é mais como um sinal neurológico percebido dentro do cérebro de ambos os hemisférios cerebrais trabalhando em uníssono.
A sincronia neural estimulada pela batida binaural é um aspecto importante que ajuda o cérebro a funcionar a um nível superior. O cérebro faz continuamente novas conexões seguindo novas experiências.
A qualidade e força das ligações neuronais podem variar de acordo com a entrada recebida pelo cérebro. Batidas Binaurais na gama Alfa, Teta e Delta fornecem uma entrada descontraída contínua e promovem a religação saudável através do cálculo de seu sinal neurológico de áudio. Essas novas experiências de áudio engatilham no cérebro uma explosão de novas conexões entre os neurônios, e, com a repetição destas novas vias neurais, elas se tornam aptas, é como ir a uma academia de ginástica, e são as conexões mais aptas em nossos cérebros que sobrevivem. O processo de batida binaural é mais rápido e mais fácil do que apenas a meditação. Após várias semanas de escuta repetida, o cérebro torna-se mais lateral e começa a formar memórias permanentes relaxado em ambos os hemisférios.
As Batidas Binaurais são produzidas no cérebro quando dois tons de frequências ligeiramente diferentes são apresentados de forma separada para cada ouvido.
Um tom de espaçamento é percebido pelo cérebro na mistura dos dois tons. Geralmente são criados em formato MP3 e devem ser ouvidos usando fones de ouvido.
Enquanto o ouvido esquerdo escuta uma freqüência, o direito escuta outra e as duas frequências são misturadas no cérebro, por isso há necessidade de utilizar fones de ouvido especiais.
Para o Arrastamento de Ondas Cerebrais ocorrer, os tons são misturados juntos, resultando em um pulso. Os Pulsos, chamados de “batidas”, formadas pelos tons mistos causam o arrastamento.
As frequências criadas a partir do batimento de arrasto é que determinarão o efeito que causará sobre o cérebro. Frequências mais altas de arrastamento podem aumentar a vigilância e as frequências mais baixas podem causar sono e relaxamento profundo. Neste caso, as batidas binaurais ajustam as frequências do cérebro para promover padrões de sono saudáveis.
Quando produzidos por profissionais ou entidades credenciadas, os áudios de batidas binaurais são seguros para uso repetido e não são viciantes.
O cérebro não se torna dependente das batidas binaurais para relaxamento. Com o tempo, torna-se realmente mais resistente ao estresse e este processo continua a se desenvolver ainda mais quando mais estímulos binaurais são recebidos pelo cérebro. Além disso, como os hemisférios e neurônios sincronizados desenvolvem uma maior consciência pessoal e discernimento, maior resiliência e redução do stress.
As batidas binaurais são uma ferramenta valiosa no aconselhamento e outras configurações terapêuticas. Basta ouvi-las através de fones de ouvido estéreo de boa qualidade para saber o quão poderosas elas são. Realmente, elas são um meio surpreendente e eficaz de alterar as ondas cerebrais sem efeitos colaterais, como aqueles encontrados em medicamentos.
As batidas binaurais se ajustam rapidamente e facilmente com as frequências do cérebro para níveis que ajudam a aliviar o stress, a ansiedade, a depressão e as dores em várias partes do corpo como costas, dente, músculos e cabeça.
O fato de estar ouvindo um som em ambas as orelhas faz-se muito eficaz e estimulante para o tálamo, o centro do hemisfério direito do cérebro, acima do tronco cerebral.
O treinamento cerebral pode ajudar a incrementar a inteligência, aliviar o estresse, meditar com facilidade, aumentar a concentração e a memória, e muito mais. O único modo de obter esses benefícios é que experimente o treinamento por si mesmo.
PADRÕES DAS ONDAS CEREBRAIS
O cérebro intercomunica-se através de impulsos elétricos, estes formam ondas electromagnéticas de várias frequências, existindo 5 frequências distintas.
As células cerebrais, especificamente os neurônios, utilizam impulsos elétricos para se comunicarem entre si, além de fazer os músculos contraírem e os membros se moverem. Cada neurônio produz determinada descarga elétrica com o objetivo de este comunicar com os neurônios e outras células vizinhas. Quando esse impulso elétrico é excessivo surge a epilepsia, e quando se “perde” parcialmente até chegar ao destino surge o Parkinson.
É evidente que o cérebro possui atividade elétrica, por consequência surgirão ondas electromagnéticas. Estas, por sua vez, podem ser medidas / avaliadas por aparelhos como EEG. Estas ondas elétricas têm frequências que podem ser medidas em ciclos ou Hertz. A frequência das ondas muda conforme a atividade elétrica dos neurônios e são associadas com a alteração dos estados de consciência.
A atividade elétrica gerada pelo coração é registrada por um eletrocardiograma (ECG), a atividade elétrica gerada pelos músculos é registrada pela eletromiografia (EMG) e a atividade elétrica gerada pelo cérebro é medida e registrada através do eletroencefalograma (EEG).
As ondas elétricas cerebrais, como todas as ondas, são medidas de duas maneiras. A primeira é a frequência ou a velocidade dos impulsos elétricos. Frequência é medida em ciclos por segundo (Hz), variando de 0,1 Hz a 38 Hz. A segunda medida é a amplitude, ou o quão forte é a onda cerebral. Ondas cerebrais são classificadas por frequência em cinco tipos: GAMA, BETA, ALFA, TETA e DELTA. O Eletroencefalograma (EEG) registra graficamente as correntes elétricas dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo.
AS 5 FREQUÊNCIAS CEREBRAIS E SUAS FUNÇÕES
Podemos distinguir 5 frequências distintas:
GAMA
Ondas cerebrais GAMA ficam acima de 38 Hz e estão envolvidas na maior atividade mental e consolidação das informações. Os meditadores avançados tibetanos produzem níveis mais elevados de Gama que as outras pessoas, tanto antes como durante a meditação.
BETA
Relaciona-se em processos de atenção, concentração e cognição.
Ondas cerebrais BETA são rápidas, variando de 13 a 38 ciclos por segundo. Beta é o estado de pensamento normal, sua consciência externa ativa e o processo de pensamento. Sem Beta não seríamos capazes de exercer nossas funções no mundo exterior.
Neste estado você esta bem desperto e alerta. Sua mente está concentrada, pronta para trabalhos que requerem a atenção total. Fundamental em processos que envolvam a concentração, como a aprendizagem, a análise e organização de informações.
No estado Beta, os neurônios transmitem informações rapidamente, permitindo a você atingir estados de concentração. O treinamento das ondas Beta é usado por terapeutas para tratar um problema de aprendizagem e concentração chamada de transtorno de déficit de atenção (TDA).
Os programas que induzem ondas Beta ajudam nos estudos, nas praticas esportivas, em preparações para apresentações em público, ou seja, analisar e organizar informações onde a concentração mental é a chave para um bom desempenho.
A faixa de ondas Beta situa-se entre 13-38 HZ. O estado Beta está associado com concentração, atenção aumentada, melhor acuidade visual e coordenação.
Os cientistas descobriram que as frequências Beta 18HZ e 13HZ, Gama 40HZ atuam em funções cognitivas complexas.
ALFA
Relaciona-se em processos de Relaxamento, Visualização, Meditação.
Ondas cerebrais ALFA nos permitem o estado de consciência individual relaxado, visualizações de imagens sensoriais e devaneio. Variando entre cerca de 8 ciclos por segundo e 13 ciclos por segundo, Alpha vem a ser a porta de comunicação entre o consciente (Beta) e o inconsciente (Teta).
Neste estado você está relaxado, a sua consciência interna aumenta, aumentando com isso a autopercepção, a consciência dos pensamentos e processos internos. Quando você está relaxado, sua atividade cerebral baixa do padrão Beta que é rápido para as ondas Alpha que são mais lentas. Sua consciência interna expande. Sua energia criativa começa a fluir e a ansiedade desaparece. Você experimenta uma sensação de paz e bem-estar.
A utilização de programas com ondas alfa é muito indicado para tratamento do estresse, são excelentes para a solução serena de problemas, memorização, relaxamento e praticas de visualização.
A faixa de ondas Alpha está entre 7-13 HZ, associado à resolução de problemas, criatividade, memorização, relaxamento, pensamento abstrato e imaginação (visualizações). Em Alpha, nós acessamos mais facilmente nossa capacidade dormente – ela funciona como um portal para estados de consciência mais profundos.
Dentro da faixa Alfa, está a Ressonância Schumann de 7.83 HZ, a freqüência do campo eletromagnético da Terra, essa freqüência tem chamado muita atenção dos cientistas da área de neuro-acústica pelos seus imensos benefícios.
TETA
Relaciona-se em processos de Meditação, Intuição/Criatividade e Memória.
As ondas cerebrais TETA representam nosso inconsciente. Variando de cerca de 4 ciclos por segundo até 7 ciclos por segundo, Teta está presente nos sonhos e proporciona a experiência de meditação profunda. Teta também contém o depósito de inspiração criativa e é onde muitas vezes nós temos a nossa ligação espiritual.
Aprofundando ainda mais o relaxamento, você entra no misterioso estado Teta onde a atividade cerebral baixa quase a ponto do sono.
Teta é o estado cerebral onde incríveis capacidades mentais ocorrem. O estado Teta propicia flashes de imagens do inconsciente, criatividade e acesso a memórias ha muito tempo esquecidas. Neste estado estamos num “sonho acordado”, proporcionando um estado ideal para a aprendizagem acelerada, reprogramação mental, lembrança de sonhos, criatividade e aumento da memória.
Teta leva você a estados profundos de meditação. Você pode sentir a sua mente expandir além dos limites do seu corpo.
As ondas Teta têm um importante papel em programas de modificação de comportamento e têm sido usadas no tratamento do vício de drogas e álcool.
A faixa das ondas Teta está entre 4-7 HZ. Em Teta, nós estamos como num “sonho acordado”, ficamos receptivos a informações que estão além do nosso estado normal de consciência, ativando estados mentais extra-sensoriais.
DELTA
Relaciona-se em processos de Consciência expandida, Cura e Recuperação.
Ondas cerebrais Delta retratam nossa mente inconsciente, o estado de sono profundo, variando de cerca de 0,1 ciclo por segundo a 4 ciclos por segundo. Mas, em combinação com outras ondas no estado de vigília, Delta atua como uma espécie de radar procurando informações, chegando a entender no mais profundo nível inconsciente coisas que não podemos compreender através do processo do pensamento. Delta nos oferece intuição, sintonia empática e discernimento instintivo.
Delta é a mais baixa de todas as frequências de ondas cerebrais. Está associada com o sono profundo.
Algumas frequências na faixa Delta liberam o hormônio do crescimento humano (HGH) que é muito benéfico para a regeneração celular e a cura. HGH é um hormônio associado com a saúde celular no corpo. Os níveis de HGH em indivíduos adolescentes saudáveis estão em pico e diminui no decorrer de nossa vida.
Delta é a onda cerebral para o acesso ao inconsciente, onde a intuição pode aflorar facilmente.
A faixa Delta está entre 0.1 – 4 HZ. Os programas que contém Delta são ideais para o sono, a recuperação física e mental e meditação profunda.
Existem métodos e técnicas que facilitam alterar a frequência cerebral e o estado mental, tais como o relaxamento, a hipnose, até mesmo software. Convém que estes métodos e técnicas, sejam utilizados por profissionais ou entidades credenciadas, pois uma má utilização pode provocar consequências a vários níveis.
Fonte:
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O QUE É BATIMENTO BINAURAL?
O
Batimento Binaural é uma propriedade cerebral, resultado da assimetria do
cérebro.
Basicamente
uma técnica de indução visual e sonora que ao ser aplicado da maneira correta
pode induzir uma pessoa a um determinado estado cerebral.
Além
dos consultórios de psicologia como auxilio a tratamento de pacientes que mantém
padrões depressivos, equipamentos que geram batimentos binauais tanto sonoros
quanto visuais podem ser usados no tratamento de déficits de atenção,
dependência química, síndrome do pânico e até no tratamento de estresse
(Siever, 2004).
INTRODUÇÃO
Após Heinrich Wilhelm Dove ter descoberto em
1939 que as ondas cerebrais podem ser formatadas de maneira que assumam a mesma
freqüência imposta por flashes de luz e batidas sonoras, diversas pesquisas
foram feitas envolvendo este tipo de tecnologia, seja no diagnóstico de
epilepsia, tumores ou até no tratamento de depressão (ABP, 2008).
Sabe-se,
a partir dessas pesquisas, que o cérebro trabalha com disparos eletroquímicos
que acabam por caracterizar os estados da consciência conhecidos como gama,
alfa, beta, teta e delta. Cada uma dessas ondas possui frequências
vibratórias e representam um estado de consciência diferente.
A
partir das estimulações propostas por Dove é possível melhorar a “qualidade”
das ondas cerebrais de maneira que seja possível condicionar a atividade
cortical (Siever, 1999 e Foster, 2002). Os benefícios dessas induções são bem
abrangentes, seja melhorando o fluxo sanguíneo cerebral, estimulo à
neuroplasticidade e até o equilíbrio da atividade cortical entre os hemisférios
cerebrais (Siever, 1999 e Marques, 2004).
A
técnica de indução conhecida como Binaural Beats consiste basicamente em
aplicar uma determinada frequência em um ouvido e outra levemente diferente no
outro. O cérebro pela sua característica assimétrica irá subtrair essas duas
ondas e captar apenas a diferença entre elas. Por exemplo, ao colocar uma frequência
de 300Hz em um ouvido e uma freqüência de 310Hz no outro, ocasionará uma
percepção no cérebro de 10Hz.
O
funcionamento deste projeto é possível, pois as frequências impostas ao cérebro
são percebidas pelo núcleo olivar e sua recepção é feita pelo tálamo, que é a
estrutura responsável por
receber e filtrar estímulos externos junto com o sistema reticular ativado.
Este ritmo é enviado ao córtex que em poucos minutos passa a acompanhar a
freqüência imposta (Brandy, 2002). Desta forma é possível estimular frequências
abaixo da capacidade auditiva, que está entre 20 e 20000Hz.
Segundo
experimentos realizados pelo Instituto Monroe nos EUA, as frequências usadas na
indução devem, necessariamente, ser inferiores a 1000Hz.
CONSTITUIÇÃO DO APARELHO
AUDITIVO HUMANO
É
muito importante fundamentar o que é o som para facilitar a compreensão do funcionamento
do batimento binaural. O som é uma criação do cérebro, pois somente existe se há
alguém para ouvi-lo. Porém a definição básica de som, segundo a física,
demonstra o som como vibrações mecânicas que se propagam através do ar
comprimindo-o por certo período de tempo (Bear et al, 2002).
O som pode ser dividido em três qualidades:
freqüência, amplitude e complexidade. A freqüência do som é medida em Hertz,
unidade que representa o número de oscilações por segundo, ou seja, quantas
vezes a onda consegue chegar de um pico a outro durante 1 segundo.
Quanto
menor a freqüência mais grave e quanto maior a freqüência mais aguda (Bear et
al, 2002).
A
amplitude do som pode ser traduzida como a intensidade ou força do som,
conhecida popularmente como a altura do som. Um exemplo é ao ligarmos um rádio,
se ele estiver no volume 5 você estará ouvindo todas as frequências da música
da mesma forma que se estivesse ouvindo com volume de 10, mas no segundo com
muito mais força.
A
força do som está relacionada com a quantidade de moléculas de ar que são
comprimidas em cada onda. A amplitude do som é medida em decibéis (dB), que é
na realidade a potência do som (em watts) em relação à intensidade de
referência padronizada. Para o sistema auditivo humano sons superiores a 70 dB
geralmente são percebidos como alto e 20 dB como baixo (Bear et al, 2002).
A terceira e última característica é a
complexidade do som.
Os
sons com frequência única são considerados tons puros e os com várias
frequências são denominadas de tons complexos. Os tons complexos podem ser
decompostos usando transformadas de Fourier. Dentre as frequências decompostas
existe a freqüência fundamental, que é a taxa de repetição do padrão básico da forma
de onda complexa (Bear et al, 2002).
O
ouvido humano tem apenas a sensibilidade de perceber sons entre 20 Hz e 20.000 Hz,
independentemente da complexidade e desde que seja com amplitude maior que 0 dB
(Bear et al, 2002 ;Kolb et AL, 2002).
O Sistema Auditivo
Podemos
seccionar o ouvido em três partes: externo, médio e interno.
O
ouvido externo é composto pela aurícula, que na realidade é conhecida
popularmente como orelha e o canal auditivo externo que é o canal que vai até o
interior da cabeça. A orelha tem como objetivo captar as vibrações e encaminhar
pelo canal auditivo externo. Este canal chega até o tímpano, se comporta como
uma bateria, quando a onda chega até ele, ocorre uma vibração (Kolb et al,
2002).
No
ouvido médio, o tímpano fica entre o ouvido externo e o ouvido médio, após o
tímpano existe uma câmara cheia de ar com três pequenos ossos chamados
ossículos que são conectados entre si. Esses ossos pela sua simetria são
chamados de martelo, bigorna e estribo, sendo responsável por unir o tímpano à
janela oval, uma abertura no revestimento ósseo da cóclea, que é a estrutura do
ouvido interno que contém os receptores auditivos.
Quando
o som faz o tímpano vibrar, os ossículos vibram e transmitem essas vibrações
amplificadas para uma segunda membrana que reveste a janela oval da cóclea. A
cóclea é semelhante a uma concha de caracol oca. Seus compartimentos são
preenchidos por um líquido onde há uma membrana delgada chamada membrana
basiliar. Na estrutura desta membrana estão as células pilosas, que são os
receptores auditivos. Suas extremidades têm pequenos filamentos, conhecidos
como cílios, e os cílios das células pilosas externas estão inseridos em uma
membrana subjacente chamada membrana tectorial. Quando esses cílios se
movimentam as ondas sonoras são transformadas em atividade neural. A pressão do
estribo na janela oval inicia o processo, que causa o movimento do líquido
coclear.
Durante
todo o processo o liquido coclear movimenta as membranas basiliar e tectorial,
que induzem a movimentação dos cílios, gerando as ações nas células pilosas. Essas
células possuem espessura diferente de acordo com sua região dentro da cóclea.
Por estas diferenças, elas são capazes de perceber as diversas frequências que
podemos escutar (Kolb et al, 2002). Na figura 2.1, pode-se verificar como é a
estrutura do ouvido.
A
Detecção do Som
O
sistema auditivo tem como objetivo converter as alterações na pressão do ar,
associadas às ondas sonoras, em atividade neural transmitida para o cérebro
(Bear et al, 2002).
Os
neurônios da cóclea formam um mapa dos tons que codificam as freqüências em um
som, como pode ser visto na figura 2.2. Esses mapas estão em todo o sistema
auditivo. As mesmas células cocleares podem codificar a freqüência e amplitude
variando em tensão. A detecção da localização de um som é uma função dos
neurônios na oliva superior e corpo trapezóide do tronco encefálico. Esses
neurônios realizam essa função computando as diferenças na altura e no tempo de
chegada de um som aos dois ouvidos. A compreensão do significado é realizada
pela comparação de padrões que é feita pelos neurônios corticais (Kolb e
Whishaw, 2002).
Figura 2.2: Teoria tonotópica (mapa de tons) do córtex auditivo primário.
Na imagem existe a representatividade das freqüências em cada parte do córtex.
Na imagem existe a representatividade das freqüências em cada parte do córtex.
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA
VISUAL HUMANO
O
sistema visual humano é o canal sensorial mais importante para a sobrevivência
do ser humano.
Sua
conexão com o cérebro e a maneira com a qual ele influência a vidas das
pessoas, seja pelas cores, formas ou luzes é significativa.
A Luz
Trata-se
de uma energia/matéria eletromagnética que está dentro do campo de percepção visual.
Ela é uma forma de energia que necessita ser produzida, seja por um astro, uma
lâmpada ou por compostos químicos (Bear et al, 2002).
Segundo
a física, a luz é ao mesmo tempo matéria e onda, definição complicada que até
hoje gera controvérsias. Isaac Newton foi o primeiro a propor que a luz era
composta de pequenas partículas, os fotons, porém nos séculos seguintes
experimentos de James Maxwell demonstraram que a radiação luminosa era composta
de ondas.
Isso
gerou controvérsias até o século 19, quando, com o auxilio das teorias de Max
Planck e Albert Einstein, descreveu-se novamente a luz como partículas, após o
famoso experimento das placas de metal, no qual foram jogados fótons de luz e
observado que esses refletiam na placa. Foi com esta pesquisa que Einstein
ganhou seu prêmio Nobel. De acordo com sua teoria, a luz reage ora como onda,
ora como partícula. Essa conclusão foi possível após perceber que a luz sofria
interferência de outro feixe de luz, ou seja, apenas ondas podem sofrer
interferência e reflexão (Kolb et al, 2002).
O Olho Humano
O
olho humano é formado por diversas partes, como pode-se ver na figura 3.1.
Primeiramente,
a parte branca e externa, chamada de esclera; o revestimento externo e claro é chamado
de córnea; a íris, que é parte colorida do olho, é responsável por controlar a
entrada de luz no olho; o cristalino, que focaliza a luz; a retina que é onde a
energia luminosa é transformada em atividade neural (Bear et al, 2002).
O
processo da formação da visão começa quando a luz penetra no olho. Ela
atravessa o orifício da íris, chamado pupila, sendo então desviada pela córnea
e pelo cristalino. O cristalino se ajusta para desviar a luz em grau maior ou
menor, de modo que imagens de perto ou de longe possam ser focalizadas na retina.
Deficiências visuais como miopia e presbiopia, hipermetropia ocorrem pela má
focalização da luz na retina (Kolb et al, 2002).
Na
retina existem milhões de células fotoreceptoras que traduzem a luz em
potenciais de ação, ou seja, discriminam comprimentos de ondas para podermos
ver cores, trabalham em intensidade de luz que variam de muito claras a muito
escuras e fornecem uma grande precisão visual (Kolb et al, 2002).
O
cristalino inverte as imagens em sua projeção na retina da mesma forma que uma
câmera fotográfica. Essa projeção invertida não é problema para o cérebro, pois
este corrigi qualquer tipo de inversão. Segundo pesquisas, caso usássemos
óculos que invertesse as imagens durante dias, o cérebro iria corrigir a
distorção e o mundo não pareceria mais invertido (Kolb et al, 2002).
Processamento da Imagem
Após
a recepção da luz, feita pelos olhos, a informação correrá pelos nervos ópticos
que saem de cada olho. Esses nervos são formados por axônios de células
ganglionares que saem da retina.
Após
saírem dos olhos eles se cruzam, adquirindo o formato de uma letra do alfabeto
grego chamada qui, por isso é chamado de quiasma óptico. Dessa maneira cada
retina é processada no lado oposto do cérebro (Bear et al, 2002).
NEUROCIÊNCIA DAS ONDAS
CEREBRAIS
Neste
capítulo serão apresentadas e revisadas algumas pesquisas neurocientificas dos últimos
50 anos, voltadas ao estudo e a manipulação das ondas cerebrais através de
estímulos externos.
As
ondas cerebrais vêm sendo estudadas desde 1930, quando Hans Berger inventou o
EEG com o objetivo de monitorar a variação elétrica na superfície do crânio
humano (Waechter, 2002). Essa invenção permitiu que uma nova linha de pesquisa
surgisse, a analise das ondas cerebrais, chamada de neurofeedback.
As
pesquisas em neurofeedback com o auxilio do EEG nomearam as freqüências básicas
de funcionamento do cérebro como:
- Gama (38 - 70 Hz)
- Beta (13 - 38 Hz)
- Alfa (8 - 13 Hz)
- Teta (4 - 7 Hz)
- Delta (0.1 - 4 Hz)
(Rechtschaffen,
1968).
Cada
uma dessas ondas foi correlacionada com estados da consciência humana, como
REM, acordado, relaxado, dormindo, entre outros (Siever, 2004).
As
oscilações observadas com o uso dos EEG refletem a atividade do córtex, que é
uma das partes mais desenvolvidas do cérebro por ser rico em neurônios.
Diz-se
que sem o córtex não existiriam a razão, emoções e até a memória. Por isso o
córtex é responsável por todo o desenvolvimento criativo do cérebro e é como se
fosse o processador, se comparado com um computador. A amplitude dessas
atividades corticais é observada em intervalos que são por sua vez relacionados
com estados de consciência, sendo a amplitude destes diretamente proporcionais
ao número de neurônios em atividade no córtex.
O
que são cada uma das ondas cerebrais?
Ondas Gama
A
onda cerebral conhecida como gama, definida por frequências entre 38Hz e 70Hz,
é a de maior onda de freqüência.
Essa
onda é correlacionada ao processamento de estímulos visuais, táteis e auditivos
(Keil, 2001), sendo influenciada principalmente pela reação visual.
Um
desses estudos referencia o uso de luzes piscantes para a indução deste tipo de
onda. As ondas gama estão presentes o tempo todo na mente humana, mesmo quando
estamos dormindo. A única ocasião em que não existem ondas gama é em transe
por anestesia.
Esse
intervalo de frequências tem relação com a velocidade com que podemos nos
lembrar de momentos, geralmente lembranças visuais. Quanto maior a frequência
gama, mais rápido é possível lembrar-se de algo que foi esquecido e mais
informações podem ser guardadas na memória de curto prazo.
As
ondas gamas também tem sido objeto de estudos recentes, com relação a seus
efeitos na meditação. Um desses estudos demonstrou que a sensação de amor e
gentileza, atingida pelos praticantes de meditação Budista, não passa de uma
auto-indução de ondas gamas de alta amplitude com perfeita sincronização entre
elas.
Este
estado alcançado pela meditação é expressado como um estado de amor profundo
por todos os seres (Lutz, 2004). Na figura 4.1 pode se observar o formato da uma
onda gama.
Ondas Beta
Este
estado de consciência, que varia entre as frequências de 13Hz à 38Hz, é
conhecido como estado de vigília. Estas frequências, porém, não se apresentam
sozinhas, elas geralmente coexistem com outras frequências, principalmente com
as ondas gama.
Geralmente
o estado beta é associado a emoções fortes como medo, raiva, ansiedade, alerta,
atenção seletiva, concentração e antecipação. Outros estudos mostram que estas
ondas estão presentes em grande quantidade quando é necessário desenvolver
soluções matemáticas para problemas (Lindsley, 1952).
Este
tipo de onda raramente se apresenta durante a meditação, porém ocorre
geralmente em pessoas muito experientes e durante estados de êxtase.
Ondas Alfa
Alpha
é o estado de consciência mais afetado pela publicidade realizada durante as
últimas décadas.
Esta
onda é definida pelas frequências entre 8 e 13 Hz e ocorre durante a atenção
plena e a meditação. Durante este estado, a atividade cortical ocorre em áreas
do cérebro que não estão focadas em um estímulo sensorial, ou seja, caso um
estímulo visual esteja presente as regiões referentes aos estímulos táteis e
sonoros vão sofrer um aumento da atividade alfa.
Outro
casos de aumento do nível alfa é enquanto ocorre a busca de informações no
cérebro, como quando uma pessoa tenta memorizar uma lista de palavras (Ward,
2003).
O
estado de consciência alfa é geralmente associado a processos imaginativos
(Cooper, 2003), estar relaxado e a criatividade, a qual ficaria livre de
associações, sendo geralmente em momento no qual o indivíduo está relacionado
com o fechamento dos olhos (Worden, 2004).
Com
certeza as ondas alfas foram as mais estudas, sempre sendo associadas a saúde
mental de um indivíduo. Um desses estudos foi realizado com praticantes de
Hatha Yoga, um tipo de yoga que alcança as ondas alfa através da concentração
em uma única posição corporal por muito tempo.
Este
método de yoga é um dos tantos que consegue eliminar completamente os estímulos
externos, deixando o individuo “internalizado” eliminando assim a poluição
mental (Prem, 1958). Na figura 4.3 pode se observar o formato de uma onda alfa.
Ondas Teta
As
ondas Teta referem-se a um estado de baixa consciência.
Essas
ondas estão entre 4 e 7Hz e sua ocorrência está associada a estados hipnóticos,
emoções, durante os sonhos e no sono REM.
Estudos
mostram que essas ondas estão relacionadas com a memória de curto-prazo. Estes mostram
que tais ondas ficam presentes quando o individuo está guardando informações, mantendo
a “atualização” do cérebro constante (Lisman e Idiart, 1995).
Esta
hipótese diz que as memórias de um indivíduo são atualizadas pelas ondas teta,
porém são “armazenadas” curtamente pelas ondas gama. É sugerido que um adulto
normal consegue guardar por volta de 7 informações na memória de curto prazo,
isso porque a cada ciclo gama (40Hz), cabem aproximadamente 7 ciclos Teta
(6Hz) (Miller, 1956).
Portanto,
durante este estado o desenvolvimento da memória é aumentado e há melhora da
memória de longo prazo. Este estado é muito difícil de ser estudado, pois não é
possível ter um controle por longo tempo dele sem que as pessoas adormeçam (Siever,
1999). Na figura 4.4 pode se observar o formato da uma onda teta.
Ondas Delta
Este
ritmo é encontrando durante o sono profundo sendo as ondas mais lentas com frequências
entre 0.1 a 4 Hz. Quando maior a porcentagem de ondas delta no cérebro, mais profundo
é o sono. Em estados meditativos praticamente não há ondas delta, apenas em praticantes
extremamente experientes, principalmente por ser incrivelmente difícil
manter-se consciente estando em delta (Siever, 1999). Na figura 4.5 pode se
observar o formato da uma onda delta.
Ondas Talfa
Este
é um novo grupo de ondas alfa e que foi reconhecido apenas nos últimos anos.
Este estado é conhecido como Mu ou Talfa estando associado a uma mente saudável
quando induzido por vontade própria.
Alguns
estudos mostram que a atividade Talfa pode ajudar com o stress, raiva e
ressentimento por traumas no passado (Siever, 2004).
Quando
este estado não é induzido propositadamente, é sinal de uma saúde mental pobre.
A produção em longo prazo, descontrolada, não intencionalmente de Talfa é
encontrada freqüentemente em pessoas que sofrem de desordens de ondas cerebrais
lentas, como deficit de atenção, síndrome pré-menstrual, desordem afetiva
sazonal, fibromialgia, depressão e síndrome de fadiga crônica (Siever, 1999).
Foi
observado que as ondas Talfas se apresentam em maior quantidade conforme os indivíduos
vão atingindo a maturidade, enquanto a quantidade de ondas theta e delta
diminuem.
Resumidamente
isto significa que conforme ocorre o envelhecimento, a capacidade de focar em coisas
em particular aumentam e a distração diminui. Na figura 4.6 pode se observar o
formato da uma onda Talfa.
Biofeedback e Neurofeedback
Não
se poderia falar de Binaural Beats sem mencionar biofeedbak e neurofeedback,
ambos responsáveis pelo aparecimento da Binaural Beats (Siever, 2004).
Biofeedback
nasceu na década de 60 quando referenciada aos aparelhos que realizavam leituras
de sinais corporais, como pressão sanguínea, batidas do coração e outras funções
do corpo não controláveis.
Recentemente
nasceu uma nova área de biofeedback, o neurofeedback, focado no monitoramento
das atividades cerebrais dos indivíduos. Atualmente equipamentos como EEG, MEG
e Ressonância Magnética são capazes de trazer um bom retorno quanto ao uso dos
sentidos e como é feita esta leitura.
As
Brain Machines nasceram paralelamente a este principio, auxiliando os pacientes
a desenvolverem a capacidade de induzir reações no cérebro segundo suas vontades.
Apenas
com o uso de equipamentos de Neurofeedback é possível apreender a induzir a permanência
de determinadas ondas no cérebro (What is Biofeedback?, 2008).
Resposta do Binaural Beats
sobre a foto-estimulação
Pesquisas
sobre foto-estimulação suportam fortemente a hipótese de que as ondas cerebrais podem
ser induzidas através de frequências estimuladas externamente e alterar o
estado de consciência.
Sabe-se
também que há alguns fatores externos para que a indução ocorra de forma satisfatória,
como o tempo de estimulação, a cultura e as expectativas da pessoa a ser
induzida.
Quanto
maior o tempo de exposição, mais forte são os resultados finais. (BUDZYNSKI,
2005)
“Entre
1930 e 1940 cientistas como W. Gray Walter e outros, usando poderosas luzes
estroboscópicas e um aparelho de EEG conseguiram fazer o paciente experienciar
uma forte alteração de consciência chegando ao chamada “transe xamânico”.”
A
diferença entre o Binaural Beats aplicado à áudio-estimulação é que a resposta
do cérebro em relação à freqüência aplicada é o dobro. Ou seja, ao aplicarmos
uma Binaural Beat de 10Hz o efeito é refletido no cérebro como 20Hz.
Como
a retina tem uma atualização em torno de 25fps, ou seja, 25Hz as frequências
aplicadas devem ser mais baixas, estando limitadas à 30Hz (Siever, 1999).
Seleção de Cores
A
visão é o sentido mais valorizado e por isso também é o que mais tem influência
na geração das ondas cerebrais. As cores influenciam drasticamente o
comportamento das pessoas.
Durante
séculos elas vêm sendo usadas como tratamento de doenças através de uma área da
medicina alternativa chamada cromoterapia (Ambika et al, 1998).
Segundo
a cromoterapia, cores como vermelho, laranja e amarelo são estimuladoras do sistema
nervoso simpático e consequentemente aumentam a agitação do individuo. O verde,
azul e o violeta estimulam o sistema nervoso parassimpático e por isso aumentam
o relaxamento (Ambika et al, 1998).
Durante
uma experiência no laboratório Mind Mirror, nos EUA, foi observado que quando
um indivíduo é induzido a ondas alfa, ele tem a percepção de cor violeta em
seus olhos e quando ele é induzido a estados como beta, aparecem fosfenos
(Ambika et al, 1998).
Binaural Beats e a Saúde
Um
cérebro saudável é capaz de realizar diversas atividades simultaneamente, produzindo ao mesmo tempo, diversas frequências cerebrais com diferentes intensidades.
Nos
dias de hoje, com a vida cada vez mais agitada, o cérebro humano geralmente
produz grande quantidade ondas betas. Com isso, diversos exercícios são
empregados para aumentar a produção de ondas alfas pelo cérebro. Certos
tratamentos por batimento binaural são capazes de aumentar por tempo integral a
quantidade de ondas alfa no cérebro, facilitando assim o controle da saúde
cerebral (Siever, 1999).
Por
outro lado, é muito comum as pessoas tentarem aumentar a quantidade de ondas alfa,
reduzindo potencializadores de outros estados cerebrais, tais como drogas e
álcool (Siever, 1999).
A
indução de ondas alfa por batimento binaural deve ser acompanhada por um profissional,
pois altas quantidades de ondas alfa podem aumentar o cansaço e a chance de doenças
como insônia, fibromialgia, depressão, desordens de atenção, entre outros (What
is Biofeedback?, 2008).
O
fator mais importante que envolve as ondas cerebrais e a saúde do individuo é a
habilidade do cérebro compreender e conseguir mudar rapidamente as ondas
cerebrais de acordo com a atividade do individuo em certo momento.
Quando
uma pessoa tem predominância de certo estado cerebral, ocorrem problemas como a
obsessão por certos temas, causando doenças cerebrais. À primeira vista, o
principal sintoma é a inflexibilidade (Siever, 2004).
Binaural Beats usado como
recreação
Como
mencionado anteriormente, o utilização da técnica de Binaural Beats é incrivelmente
ampla, podendo ser usado tanto no auxílio a tratamento de doenças, bem como em recreação.
O
sistema recreativo ainda é experimental, pois não conhecemos exatamente o funcionamento
do cérebro, porém pesquisas sobre o I-Doser, um software que se diz capaz de induzir
efeitos de psicotrópicos esta sendo amplamente testado nos Estados Unidos.
Pelas
pesquisas realizadas neste trabalho, o maior problema do I-Doser está no uso de
frequências altas que dificultam o acompanhamento do cérebro sem um
pré-condicionamento.
Porém,
segundo pesquisas realizadas Jim Peters (2006), responsável pelo desenvolvimento
da biblioteca usada no I-Doser, ocorrerão os efeitos nas seguintes frequências apresentadas
abaixo:
- 0.5 - 1.5 Hz - Liberação de endorfina (neurotransmissor liberado com atividade física), que relaxa e dá prazer.
- 0.9 Hz – Sensação eufórica.
- 2.5 Hz – Produção de opiáceos endógenos (anestésicos e ansiolíticos).
- 4.0 Hz – Liberação de encefalina, narcótico com efeitos similares aos da morfina e heroína.
- 10 Hz – Liberação de serotonina (neurotransmissor que regula a liberação de hormônios), que é estimulante e melhora o humor.
- 14 Hz – Estado alerta. Concentração.
- 20,215 Hz – Efeito similar ao do LSD.
- 30 Hz – Efeito da maconha.
- 33 Hz – Hipersensibilidade.
O
enfoque do presente trabalho não é a recreação, mas este assunto também deve
ser abordado para demonstrar as imensas possibilidades das Binaural Beats.
Binaural Beats no tratamento
de Deficiências de Atenção
Casos
de “deficit” de atenção normalmente são diagnosticados ainda na infância, tendo
como sintomas a falta de concentração e sono em praticamente todas as
atividades do individuo.
Essa
desordem é normalmente tratada com medicamentos estimulantes, porém estes
apresentam efeitos poucos duradouros e muitos efeitos indesejáveis como
insônia, perda de apetite e dores de cabeça.
Os
estudos do uso das Binaural Beats nesta área mostram-se mais duradouros e apresentam
praticamente nenhum efeito colateral, se tornando-se um forte aliado a este
tipo de doença (Russell, 1994).
Sabe-se
que entre aproximadamente 5 e 15 % das crianças em idade escolar apresentam
este tipo de problema.
As
causas deste tipo de desordem é o baixo nível de catecholamina e adrenalina, de
forma que o tratamento com estimulantes geralmente tem bons resultados (Russell,
1994).
O
maior problema no tratamento desta doença é que logo que o efeito do
medicamento acaba (por volta de 4 horas após o início do efeito com o uso de
Ritelin), os sintomas voltam bruscamente (Russell, 1994).
Ao
analisar uma pessoa em deficit de atenção em um EEG, pode-se ver claramente que
há pouca presença de ondas beta e muita presença de ondas mais lentas, como
theta e alpha.
Para
justificar o uso deste tipo de tratamento, utiliza-se como base um trabalho
publicado por Marabella, Fowler e Alhambra da “University of Illinois” nos EUA.
Segundo
a pesquisa, foram enviados 43 formulários à pacientes que possuíam deficit de atenção,
com a maioria entre 7 e 15 anos de idade. Os formulários envolviam a descrição
de diversos sintomas da criança, histórico de medicamentos, performance
acadêmica, conduta escolar, vida social antes e depois do tratamento com
biofeedback.
Foram
realizadas 20 seções e cada seção durava de 30 à 45 minutos tendo como objetivo
coibir o aparecimento de ondas teta.
Foram
observadas durante as seções mudanças em relação ao primeiro formulário enviado
aos pais.
O
resultado desta pesquisa foi excelente, pois praticamente todas as crianças
envolvidas no programa tiveram melhoras ou até seus problemas resolvidos
(Marabella, Fowler e Alhambra, 2007).
Outros
estudos semelhantes, usando Binaural Beats, tiveram os mesmos resultados, um deles
usando Binaural Beats aplicado em luzes conseguiu um aumento de Q.I. fonético,
auditivo e visual de 9.2 pontos em apenas 40 seções (Russell, 1994).
Binaural Beats no tratamento
de Epilepsia
A
epilepsia é uma doença que afeta uma em cada 20 pessoas durante a vida e apesar
de não ser tão prejudicial ao organismo, em muitos casos é necessário um
tratamento prolongado com remédios como Gardenau e em casos mais graves até com
eletrochoque.
Durante
a epilepsia ocorrem sinais elétricos incorretos do cérebro que se espalham de
maneira difusa, ocorrendo uma crise generalizada que pode se apresentar como
ausência ou até convulsão. A crise mais conhecida é a tônicoclônica quando o
paciente cai rígido, tremendo as extremidade do corpo e se contraindo (Bear et
al, 2002).
A
epilepsia pode acontecer em qualquer pessoa devido a um choque elétrico, falta
de oxigênio, traumatismo craniano, baixa de açúcar no sangue, abuso de drogas
entre outros (Bear et al, 2002).
Atualmente
já se usa neurofeedback em larga escala no tratamento de epilepsia, focado ao
equilíbrio do ritmo sensomotor. Os resultados encontrados são muito
promissores, conseguindo diminuir significativamente a quantidade de convulsões
dos pacientes (Kotchoubey, 2001; LANE et al, 1998).
Aplicações
de Binaural Beats em epilépticos são raras e devem ser feitas apenas por
profissionais qualificados (Siever, 2004).
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***
Todos os créditos e pesquisa desta ultima postagem é dado a:
Rafael
Ferreira França
UNIVERSIDADE POSITIVO
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
***
***
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